O azul nas nossas vidas

Azul é tudo e é nada

domingo, setembro 25, 2005

O pincel morreu...

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação

A Morte saiu à rua José Afonso, 1972

quarta-feira, setembro 07, 2005

Encerrado temporariamente

Encerrado para descanso do pincel.
Reabriremos em breve.
Ou não...